Autonomia financeira não diz respeito apenas a ter dinheiro, é sobre ter a aptidão ou competência de gerir sua própria vida financeira através dos meios possíveis para tal função, preservando e utilizando o capital que está reservado, derivado da gestão dele. Quando se possui independência financeira, nem sempre se possui autonomia dentro do próprio campo financeiro. Usufruir dos recursos captados com a capacidade de lidar de maneira positiva com eles, e além disso, ter ideia de como administrá-los de maneira positiva, seja no orçamento ou nos investimentos.
A autonomia financeira vai muito mais distante que apenas um saldo bancário vasto – obviamente que isso pode ajudar -, mas é também um intenso processo de autoconhecimento, interesse e boas diretrizes. Não é algo que se conquista tão rapidamente, porque é um exercício de rompimento com muitos dogmas e tabus sociais e, para isso, é necessários romper com inúmeras coisas ensinadas ao longo da trajetória, dar passos importantes que nem sempre serão tão certeiros, valendo-se de vontades próprias e princípios.
A Casa Chama, entendendo a importância desse meio para a população transvestigênere, traz em sua estrutura a Frente de Autonomia Financeira, pensada para auxiliar pessoas trans na busca pela inteligência de gerir suas ideias que podem desembocar em projetos importantes que possibilitarão a captação de recursos monetários para que os mesmos tenham também sua independência financeira tornando-a maior, transformando-a em autonomia. Nesta Frente, há a divulgação de oportunidades em empregabilidade, cursos para aprendizagem na criação e manutenção de planejamentos em diversas áreas, assim como um banco de currículos, além dos próprios trabalhos fornecidos dentro de importantes projetos da ONG.